No GOISP, os Ritos são praticados com profundo respeito e reverência às tradições maçônicas. Nossos rituais são conduzidos com precisão, respeito e significado, permitindo que os membros assimilem os ensinamentos e internalizem os valores de cada grau.
Convidamos você a explorar os Ritos praticados no GOISP e seus significados dentro da Maçonaria, visitando-nos ou entrando em contato para obter mais informações.
O Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA) é um dos ritos mais praticados na Maçonaria ao redor do mundo e possui uma rica e complexa história que remonta ao século XVIII.
O Rito Escocês Antigo e Aceito tem suas raízes na tradição dos ritos maçônicos escoceses que começaram a se desenvolver na Europa durante o século XVIII. Embora a Maçonaria moderna tenha surgido oficialmente na Inglaterra com a fundação da Grande Loja de Londres em 1717, muitos dos primeiros maçons eram escoceses, e os “Ritos Escoceses” começaram a ganhar notoriedade, especialmente na França.
Em 1761, o Cavaleiro de Ramsay, uma figura influente da Maçonaria, sugeriu que os altos graus maçônicos tinham uma conexão com as ordens cavalheirescas da Idade Média. Essa teoria influenciou o desenvolvimento do REAA. No mesmo ano, Étienne Morin recebeu patentes para implantar um sistema de altos graus no Novo Mundo. Ele introduziu os graus superiores da Maçonaria na América do Norte e no Caribe.
Em 1762, em Bordeaux, França, foram elaboradas as Constituições que serviram de base para a estrutura do REAA. Mais tarde, em 1786, essas constituições foram revisadas em Berlim, Alemanha, e formaram a base do sistema de 33 graus do Rito Escocês Antigo e Aceito.
O REAA chegou ao Brasil junto com a Maçonaria, no início do século XIX, trazido por maçons europeus. Ele rapidamente se tornou o rito mais popular no país, sendo adotado por diversas lojas em todo o território nacional. Atualmente, o REAA é praticado em muitas das principais obediências maçônicas brasileiras, incluindo o Grande Oriente do Brasil (GOB), as Grandes Lojas Estaduais e o Grande Oriente Independente de São Paulo (GOISP).
O REAA é conhecido por seu simbolismo profundo e por sua estrutura hierárquica bem definida. Cada um dos 33 graus tem seus próprios rituais, símbolos e ensinamentos, que se concentram em temas como a moralidade, a filosofia, a história e a espiritualidade. O REAA combina elementos das tradições cristãs, judaicas, egípcias, templárias e cavalheirescas, refletindo a diversidade das influências que moldaram sua formação.
O Rito Escocês Antigo e Aceito é uma parte essencial da história maçônica e continua a ser praticado por milhares de maçons em todo o mundo. Seu legado é marcado por um profundo compromisso com a tradição, a sabedoria e o desenvolvimento moral e espiritual dos seus membros. Com uma história que se estende por séculos e atravessa continentes, o REAA permanece uma força vital dentro da Maçonaria global.
Surgiu nos EUA, trazido por colonizadores ingleses, porém nesta época não o denominavam como hoje, devido ao vocábulo “rito” não existir no Sistema Ritualístico Inglês.
Em 1797, um maçom Norte Americano de nome Thomas Smith Webb (13/10/1771 – 06/07/1819), nascido e educado em Massachusetts, aos 26 anos organizou o Rito York através de seu Monitor ( FREEMASON’s MONITOR ou ILLUSTRATIONS OF MASONARY) dando sua estrutura e esta mantida até nossos dias, os rituais das blue lodjes ( Grandes Lojas Estadunidenses) são semelhantes aos antigos rituais da Grande Loja dos Antigos.
O Grande Capítulo Geral é agora o corpo maçônico mais antigo da América.
Segundo Leyland – Foi o gênio de Webb que viu a necessidade, no campo maçônico de organizações nacionais e estatais fortes, de preservar, revigorar e propagar as cerimônias então distanciadas, descontroladas e às vezes nebulosas que são conhecidas como o Rito Capitular e as Ordens Templárias.
Os EUA possuem 51 Grandes Lojas, com aproximadamente 15.000 Lojas Maçônicas e contam mais de 4.000.000 de maçons, destes obreiros 85% pertencem ao Rito York.
Em nossa Potência- GOISP – utilizamos o Rito York de 1898.
A Maçonaria em toda a sua história reúne métodos de transmissão de conhecimentos diferenciados por influências regionais ou temporais. Estamos falando de “ritos” e “rituais”. Exatamente. Embora existam semelhanças semânticas, seus procedimentos são diferentes. A palavra “rito” tem origem no latim (ritus) e é um termo que se refere aos costumes invariáveis, já estabelecidos por meio de regras ou normas de uma cerimônia de determinada cultura ou religião. É uma forma de simbolizar e transmitir as ideias e os conceitos de algum tipo de mito. Enquanto o rito é o conceito por trás de tudo, o ritual é a prática. Dessa forma, a celebração do rito, isto é, a concretização dos costumes, das regras estabelecidas e dos ensinamentos tradicionais é chamada de ritual. Formado por um conjunto de ações, símbolos, palavras e/ou gestos, o ritual – palavra que também tem origem no latim (rituale) – é feito com o objetivo de celebrar uma tradição e alcançar um determinado resultado.
Na Maçonaria, os Ritos são procedimentos fixados dentro de uma narração, de acordo com a cerimônia a ser praticada, enquanto os Rituais seguem uma cronologia física, por meio de dramatizações e representações específicas, a fim de marcar um determinado propósito litúrgico.
Essa é uma questão polêmica no Território Brasileiro, entretanto, os praticantes do Sistema de Trabalho Inglês sabem identificar perfeitamente suas raízes. Desta forma, podemos lidar com o “Craft”, assim chamado originalmente na Inglaterra, com propriedade e desenvoltura.
Dentro do Sistema Inglês, encontramos alguns outros rituais como “Logic”, “Oxford”, “Stability”, “Sussex”, “West End”, “North London”, “Bristol”, “Universal” entre outros que desenvolvem a Arte de acordo com suas características casuais. No entanto, é preciso destacar que a expressão “Emulação” é oriunda da Emulation Lodge of Improvement for Master Masons (Loja de Aperfeiçoamento de Emulação para Mestres Maçons), fundada em Londres, 1823, tendo por escopo ensinar de forma precisa o ritual convencionado pela Lodge of Reconciliation (Loja de Reconciliação), que fora sancionado pela Grande Loja Unida da Inglaterra – GLUI) em 5 de junho de 1816. A sanção foi rigorosa em estabelecer que ninguém teria o direito de alterar aquele ritual em palavra ou ação, a menos que a então Loja de Aperfeiçoamento (Reconciliação), por meio do Conselho de seus veteranos preceptores autorizassem. Mas o que foi a Loja de Reconciliação?
Antes de 1813, existiram duas Grandes Lojas, uma estabelecida em 1717, conhecida como a “Loja dos Modernos”; outra fundada em 1751, referida como a “Loja dos Antigos”. Nesse hiato temporal, houve uma difícil rivalidade entre as duas Instituições. Haviam manuscritos antiquíssimos em poder das duas Lojas que se diferenciavam por suas interpretações. Após anos de conflito, um esforço conjunto entre o Duque de Sussex, Grão-Mestre da chamada Loja dos Modernos, tratou a unificação das duas Lojas com seu irmão, o Duque de Kent, Grão-Mestre da autointitulada Loja dos Antigos. Após várias negociações, a união foi celebrada em 1813, sob o Grão-mestrado do Príncipe Augusto Frederico, o Duque de Sussex, sexto filho do rei George III. Assim fundou-se a Grande Loja Unida da Inglaterra – GLUI (United Grand Lodge of England – UGLE).
Para que o ritual passasse por uma revisão e fosse adotado oficialmente, foi fundada a Loja de Reconciliação com tal objetivo. Novas regras foram estipuladas para a harmonia de governo da Arte; nas Cláusulas da União, foi firmado uma “perfeita unidade” de trabalho, consumando que a forma do ritual seria observada para sempre, apesar de diferentes opiniões que permearam o início das discussões. Após a dissolução da Loja de Reconciliação em 1816, algumas Lojas de Instrução foram criadas para a disseminação do Ritual de Emulação, sendo a mais importante a United Lodge of Perseverance (Loja Unida da Perseverança), fundada em 26 de janeiro de 1818. Desta Loja, 9 Maçons de cultura muito elevada, fundaram, então, a Emulation Lodge of Improvement, em 1823 (Loja de Aperfeiçoamento de Emulação) com a seguinte resolução: “Que as Antigas Preleções e Cerimônias de Iniciar, Passar e Elevar, como confirmadas pela Grande Loja da Inglaterra, sejam aderidas por esta Loja estritamente”. Desta forma, ficou evidente que dificilmente seriam aceitas inovações nas Cerimônias Oficiais.
Como o Ritual de Emulação funciona?
Emular significa “imitar”. Sua prática é básica e figurativamente incompleta, pois depende da dramatização perfeita do ritual para alcançar o êxito. Esta interpretação, por consequência, é baseada nos atos e condutas de seus participantes que assimilam os conhecimentos básicos do Sistema por meio da imitação de seus predecessores. Sua transmissão era exclusivamente oral e, por muitos anos, havia uma proibição direta da Grande Loja da Inglaterra para a edição e impressão do Ritual de Emulação. Tal norma foi revogada em 1969, quando a primeira versão impressa foi devidamente autorizada. Essa característica de metodologia oral ritualística, encontra a sua importância na necessidade de aperfeiçoamento dos Mestres Maçons para, enfim, chegarem ao Veneralato. Nesse parâmetro, encontramos a elegante prova de excelência chamada de “Caixa de Fósforos de Prata”.
Tradicionalmente, a Emulation Lodge of Improvement – Loja de Aperfeiçoamento de Emulação, curadora oficial do Ritual de Emulação, costuma prestigiar os irmãos que desempenham a Arte com excelência, levando partes das dramatizações próximas à perfeição, presenteando-lhes com uma “Caixa de Fósforos de Prata de Emulação”. Trata-se de um incentivo à perfeição dos trabalhos, na forma em que a Maçonaria Inglesa preconiza, com firmeza, segurança e qualidade.
Foi no outono de 1897 que um bem conhecido membro dos Trabalhos de Emulação, o Ir. R. L. Badham, executou a Segunda Cerimônia sem correção, um esforço que foi posteriormente objeto de comentário pelo falecido Ir. R. Clay Sudlow, Líder de Emulação, por trinta anos. Foi um comentário casual do Ir. Sudlow sobre alguém, porém o acontecimento foi tão evidentemente incomum que deixou uma impressão em sua mente. Pouco tempo depois ele perguntou ao Ir. Badham se aceitaria uma pequena lembrança de sua performance na forma de uma Caixa de Fósforos de Prata. Aquele foi o nascimento do que desde então veio a ser um mundialmente famoso emblema Maçônico. Na apresentação da Caixa de Fósforos de Emulação há uma inscrição com o nome do Irmão que a recebe, a Cerimônia que executou, e a data. Um sucesso seguido obtém uma nova inscrição, conhecida entre trabalhadores de Emulação como “uma gravação difícil”. Após o trabalho perfeito de todas as Cerimônias as palavras “Gravação Completa” são adicionadas.
Não podemos jamais ignorar a supervisão do proeminente Irmão Peter William Gilkes, líder do primeiro Comitê de Emulação e maior referência no Ritual de Emulação no comando da Loja de Aperfeiçoamento. Nascido em 1765, foi iniciado em 1786 na British Lodge, nº 8, ingressou no Comitê em 1825 e partiu para o Oriente Eterno em 1833. É aclamado pelo alto comando da Grande Loja como o “mestre perfeito em Emulação”.
Há muito pouco sobre o Ritual de Emulação na literatura Maçônica brasileira. Essa escassez de registros torna-se temerária diante do crescente número de Lojas que adotam o referido Sistema de Trabalho. Por muitas vezes, é possível encontrar em Lojas adaptações estruturais significativas para sua execução. Assim sendo, por mais que a organização Maçônica em questão tente reproduzir o ritual, este acaba sendo contaminado pela influência de outros Sistemas mais recorrentes. Essa prática comum no Brasil, pode macular toda a magnificência do Ritual de Emulação que absolutamente não permite inovações em seus registros para que seus efeitos finais possam estimular a mente e a visão do praticante diante da beleza velada que a Ordem proporciona. Obviamente, a curadora oficial do Ritual despreza as adaptações em defesa de seu legado.
Nossa Organização buscou junto à Editora inglesa “Lewis” a edição oficializada pela Grande Loja Unida da Inglaterra dos Trabalhos de Emulação publicada “Ritual de Emulação” – 2014 – 13ª Edição (Emulation Ritual – © Emulation Lodge of Improvement 2014, Lewis Masonic, England). Contamos igualmente com a consulta aos trabalhos dos Veneráveis Irmãos Herbert F. Inman e Graham Redman “Emulação Explicado” e “Sistema de Emulação”, respectivamente, em complemento às “Notas Gerais” que acompanham a edição original, para facilitar a sua aplicação. Ambos os irmãos foram autoridades da ritualística inglesa.
Nosso objetivo é reproduzir o conteúdo da forma mais próxima possível de sua origem. Não há no território brasileiro nenhuma versão do Ritual de Emulação traduzida em português, autorizada pela curadora oficial, a Emulation Lodge of Improvement for Masters Masons, no entanto, para emular tradicionalmente sua belíssima Arte, torna-se mais significativa a sua dramatização e sua transmissão oral do que essencialmente uma tradução escrita. É o que buscamos executar. Não somos apenas praticantes cerimoniais. Somos entusiastas do Sistema Inglês de onde partiram os demais Sistemas espalhados sobre a superfície do planeta. Ao manipularmos o Ritual de Emulação, nossos olhos veem e nossos corações sentem a Maçonaria como uma grande força ao alcance dos homens, pronta para lançá-los a novos horizontes.
Ainda que a Grande Loja da Inglaterra tenha ratificado a prática oficial ritualística, a datação de suas verdadeiras origens ainda é desconhecida. Nada mais que um dos mistérios velados na Augusta Instituição e um grande enigma buscado por todos nós
Entre em contato conosco
© 2024 Grande Oriente Independente de São Paulo – GOISP